Dando continuidade ao trabalho de fiscalização de bares e restaurantes, na noite de sexta-feira, 4, o Comitê Municipal de Segurança, formado pela Ordem Pública, Guarda Municipal, Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (SeMOB) e pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), por meio da Vigilância Sanitária, realizou a segunda edição da Operação Cavalo de Tróia.
A ação, que começou às 21h e seguiu até 3h da manhã, percorreu nove bairros de Belém com o objetivo de fiscalizar o cumprimento dos protocolos sanitários estabelecidos para evitar a proliferação da Covid-19.
A operação Cavalo de Tróia II contou com o apoio da Polícia Militar e da Polícia Civil, por meio da Delegacia de Meio Ambiente (DEMA). "Essa é uma operação surpresa para coibir as aglomerações. Existem muitos bares travestidos de restaurantes, que esqueceram todos os protocolos e esqueceram que a pandemia não acabou e estão provocando aglomerações, muita dança, brigas", explicou a coordenadora geral da Ordem Pública, Elizete Cardoso, que também comentou sobre a notificação antecipada de eventos que seguem proibidos. "Antes da operação ir às ruas, nós noticicamos antecipadamente mais de 30 locais, pelos flys dos eventos que estão sendo divulgados e chamando as pessoas para aglomerações".
O primeiro espaço vistoriado foi um bar localizado no bairro do Curió Utinga. O local não está autorizado a funcionar, mas mesmo assim, descumpriu o decreto e estava funcionando. O espaço foi fechado.
O segundo estabelecimento que recebeu a fiscalização estava com a cozinha completamente inadequada. "Esses locais que têm as cozinhas fechadas não estão manipulando os alimentos corretamente, o armazenamento está inadequado, são várias coisas que devem ser melhoradas. Diversas doenças podem ser adquiridas pelo consumo de alimentos produzidos em cozinhas como essas, desde uma leve dor de barriga até uma doença mais grave", disse a engenheira sanitarista da Vigilância Sanitária, Vera Lucia Ribeiro.
Balanço – A Operação Cavalo de Tróia II vistoriou 18 estabelecimentos, destes, quatro estavam fechados, os outros 14 foram notificados pelo descumprimento do decreto municipal e tiveram as cozinhas notificadas e interditadas pela Vigilância Sanitária, por condições de uso inadequadas. A SeMOB também realizou 25 autuações.
"A nossa obrigação é manter a segurança, manter o ordenamento e cumprir os protocolos. O que a gente encontra nesses locais nos preocupa muito, são dezenas de pessoas aglomeradas, sem máscaras, dançando", lamentou a coordenadora geral da Ordem Pública.
Texto: Andrey Araújo