A campanha Julho Amarelo, que visa intensificar as ações de combate às hepatites virais, teve lançamento na tarde de segunda-feira, 1º, pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). Durante todo o mês de julho serão realizadas diversas atividades educativas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), programa Estratégias Saúde da Família (ESF), distribuição de preservativos, realização do teste rápido para a detecção da doença e a oferta da vacina contra Hepatite B.

De acordo com o secretário municipal de Saúde de Belém, Sérgio de Amorim, o Julho Amarelo foi instituído por uma Lei Municipal de 2016, na gestão do prefeito Zenaldo Coutinho. O objetivo é reforçar as iniciativas de vigilância e controle, alertando sobre as formas de prevenção e a importância do diagnóstico precoce das hepatites. “As ações de combate às hepatites virais são rotina das nossas redes municipais de saúde. No mês de julho, o trabalho será reforçado para alertar a população sobre a gravidade da doença e a importância das medidas de prevenção, com testes que detectam a doença, disponíveis de forma gratuita, em nossas redes de saúde”, destacou o secretário.

Campanha – As atividades da campanha seguem até o dia 28 de julho em Belém, além de Mosqueiro, Cotijuba, Outeiro, Icoaraci, terminais hidroviários e rodoviários e nas casas especializadas da rede SUS. “A população será orientada nesses locais e poderá fazer o teste rápido, totalmente gratuito, que dura, em média, 30 minutos, nas unidades e nas casas especializadas da nossa rede. Os testes serão ampliados para que toda a população ou, pelo menos, a maioria dela tenha acesso”, explicou o coordenador da Referência Técnica Infecções Sexualmente Transmissíveis – IST/AIDS e Hepatites Virais da Sesma, Reginaldo Junior.

Hepatite – A hepatite é uma inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus – tipo A, B, C, D e E – ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas usadas em excesso, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas, podendo levar à hepatite crônica, cirrose, câncer, causando até a morte do paciente.

Os tipos B, C e D são os mais graves, com a transmissão sendo ocasionada por relação sexual desprotegida, transfusão sanguínea e derivados do sangue, assim como, o compartilhamento de seringas, escova de dente, lâmina de barbear, alicate de unha e outros objetos perfuro cortantes.

Por ser uma doença silenciosa e que, na maioria dos casos, não apresenta sintomas, o coordenador alerta para o diagnóstico tardio da hepatite como um agravante do tratamento. “Quando o diagnóstico é precoce, é possível cuidar do paciente para que não haja o agravamento da doença, evitando a evolução para uma cirrose ou até mesmo um câncer, e reduzindo as chances de transmissão. A Sesma tem investido fortemente na testagem rápida para as Hepatites B e C”, destaca Reginaldo Junior.

Texto: Laiana Damasceno