A travessa Padre Eutíquio agora tem sentido único em toda a sua extensão, indo da avenida Bernardo Sayão até a área central de Belém. A mudança foi implementada na manhã do último sábado e foi comemorada em especial por pedestres que reclamavam dos conflitos na travessia no trecho que mantinha até então mão dupla.
“Ficou muito melhor para atravessar aqui na esquina da Alcindo Cacela com a Pedre Eutíquio, porque antes, quando fechava o semáforo de um lado, abria do outro e os motoristas não respeitavam a faixa de pedestres”, disse Venina Pureza, 55 anos. Quem concorda com ela é José Aleixo, 56, que mora nas proximidades e sempre anda por ali para acessar diversos tipos de comércio, como açougue, lojas e supermercados. “A melhoria foi considerável. Ficou mais seguro para nós, pedestres”.
Com o sentido único a via também fica mais segura para os motoristas, que tiveram ampliação no número de faixas para o centro, e eles ganham ainda em fluidez, com a supressão do semáforo localizado na esquina da Padre Eutíquio com a avenida Bernardo Sayão. Mas é preciso que todos trafeguem com consciência e respeito às regras de trânsito. “Há faixas cidadãs para travessia no entorno da feira que os motoristas precisam respeitar, dando preferência sempre à travessia de pedestres”, destaca Tatiane Pinheiro, chefe do setor de educação da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém, que há uma semana vem fazendo uma campanha educativa no local e permanecerá com trabalho na área pelos próximos 15 dias.
Também é fundamental que todos respeitem o novo sentido da via, e o que se viu no primeiro dia de implantação das mudanças foram alguns condutores insistindo em trafegar no que agora é contramão. Quem quer acessar o início da Padre Eutíquio deve seguir pela Alcindo Cacela até a avenida Bernardo Sayão, para então entrar na Padre Eutíquio. Porém alguns condutores que não queriam seguir tal trajeto acessavam a passagem Tabajara para então entrar na Padre Eutíquio e seguir na contramão, desrespeitando toda a sinalização no local e a presença dos agentes educadores fazendo a orientação.
“Infelizmente são alguns espertinhos. Eu, que moro na área, sei que agora quando vier de táxi terei que dar uma volta maior lá pela Bernardo Sayão, mas faz parte. Essa mudança já era pra ter sido feita há mais tempo, era esperada, e eu não posso fazer que meu interesse pessoal prevaleça sobre a necessidade da coletividade”, disse Walcira Pinheiro, que mora a vida toda no trecho alterado. “A gente vai ter que se adaptar, é o melhor pra todo mundo”, completou José Naum, que vive na área há 40 anos.
Texto: Esperança Bessa