Porta-velas, vasos, floreiras e estátuas tornam os cemitérios locais que requerem atenção e cuidados especiais para não se tornarem espaços de procriação do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya. Por isso a Secretaria Municipal de Saúde está realizando ações educativas dirigidas aos visitantes de cemitérios públicos de Belém até quinta-feira, 02, Dia de Finados.

Na manhã desta terça-feira, 31, a aposentada Terezinha Barros, 71 anos, recebeu as orientações de uma das equipes da Sesma e aprovou a iniciativa. “A população tem que ser consciente que a responsabilidade de prevenção não é só da gestão pública, precisa ser um trabalho em conjunto. Por isso, sempre visito os túmulos dos meus familiares para deixá-los limpos e livre de qualquer possível foco do mosquito”.

Para o coordenador da Divisão de Controle de Endemias da Sesma, David Rosário, mesmo com todo o trabalho desenvolvido pelos agentes, a falta de manutenção dos jazigos ou até mesmo o abandono por parte dos proprietários, pode contribuir para a procriação do Aedes aegypti. “Somente as ações desenvolvidas diariamente pelos agentes não garantem a total eliminação dos focos. Então, aproveitamos períodos com maior fluxo de visitantes, como esta semana que conta com a celebração do Dia de Finados, para reforçarmos que façam a manutenção constante dos jazigos e evitar esse acúmulo de água”, destacou.

As abordagens iniciaram na segunda-feira, 30, nos cemitérios Santa Izabel (Guamá), São Jorge (Marambaia), Tapanã (Tapanã) e Santa Izabel (Icoaraci). Mais de 20 agentes de controle de endemias estão realizando panfletagem e orientando os proprietários de sepulturas, visitantes e vendedores do entorno das necrópoles. Cerca de 17 agentes também intensificaram a vistoria nas sepulturas para eliminação ou tratamento de focos do mosquito Aedes aegypti. “No cemitério de Santa Izabel (Guamá), devido a grande quantidade de túmulos, a Sesma mantém uma equipe fixa de agentes, que realiza o monitoramento e o combate diário no espaço, já nos demais cemitérios a vistoria é feita quinzenalmente”, detalhou David.

No bairro do Guamá, o zelador há onze anos, Dinei Inocência, cuida de 17 túmulos do cemitério Santa Izabel e diz ter muito cuidado para não deixar acumular água nos locais de sua responsabilidade. “Sempre coloco terra nas floreiras e converso com os visitantes para não deixarem lixos que possam se tornar focos do mosquito. Além disso, fico de olho em todo o cemitério e sempre que vejo um possível foco, chamo os agentes para colocar remédio. Afinal, trabalho aqui todos os dias e tendo esse cuidado, estou zelando pela minha saúde também”, avaliou o zelador.

Para mais informações sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti e denúncias de focos, a Sesma disponibiliza o Disque Endemias 3344-2466.

Texto: Andreza Carvalho