A Guarda Municipal de Belém (GMB) fez a detenção de um suspeito de atear fogo no lixão do Aurá na tarde deste domingo, 04. Ele foi flagrado manuseando isqueiro em um local do lixão onde surgiram novos focos de incêndio neste domingo. Logo em seguida, o Corpo de Bombeiros foi acionado e controlou as chamas, antes que o fogo se espalhasse.

Nas últimas semanas, a Prefeitura de Belém, por meio das secretarias municipais de Saneamento (Sesan) e de Meio Ambiente (Semma), reforçou a fiscalização no lixão. “Nossas equipes estão atuando para evitar entrada de lixo domiciliar no Aurá, bem como para monitorar e combater possíveis focos de incêndio”, explicou o diretor da Sesan, Kléber Ramos.

Levantamento recente da Sesan reforça a tese de incêndio criminoso. “Detectamos que os focos de incêndio surgem em áreas próximo a residências, por onde moradores têm acesso facilitado. Nas áreas de difícil acesso as chamas não aparecem, o que reforça a ideia de que o fogo tem origem induzida”, ressalta o diretor da Sesan. “Outro elemento determinante é que o fogo não se espalha na direção do vento, descartando a possibilidade de propagação das chamas a partir da combustão espontânea”, acrescenta.

No início da tarde de domingo, a GMB recebeu denúncia da comunidade referente a condutas indevidas de catadores que poderiam resultar em incêndio no lixão. “Atendemos a ocorrência e passamos a monitorar com nosso serviço de inteligência. Por volta das 16h conseguimos efetuar o flagrante do catador em situação suspeita e conduzimos o mesmo até a Delegacia de Meio Ambiente (Dema)”, conta o guarda municipal Anderson Silva.

No momento da abordagem, o suspeito estava de posse de um gadanho (ferramenta usada para revirar o lixo), uma faca e um isqueiro. O catador negou que estivesse ateando fogo no lixo. “A fumaça do fogo passa perto da minha casa. Não ia fazer isso e colocar a saúde dos meus filhos em risco”, se defendeu.

O caso foi atendido pelo delegado Vicente de Paulo Costa que lavrou um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) contra o catador. “O que foi apresentado como evidência remete a conduta perigosa do catador. Vamos apurar para verificar se, de fato, ele cometeu crime ambiental”, explicou o delegado.

Texto: Lauro Lima