Dando continuidade aos trabalhos de fiscalização nas empresas de ônibus em Belém dentro da Operação Corujão, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém – Semob lacrou nove veículos da empresa Forte que apresentavam, entre outras irregularidades, péssimas condições de higiene, inclusive com a presença de insetos, bancos deteriorados, pisos e revestimentos com defeito e elevadores para deficientes inativos.
"Este trabalho é contínuo e realizamos semanalmente nas garagens desde o ano passado. A operação corujão visa punir essas irregularidades cometidas pelas empresas e garantir melhores condições para quem usa o transporte coletivo em Belém”, explicou o coordenador de fiscalização de transporte da SeMOB, Márcio Bello.
A Forte tem em sua frota 321 veículos que atendem as 26 linhas operadas pela empresa. As fiscalizações priorizaram os veículos das linhas que tinham recebido denúncias de passageiros como que atendem as áreas do Jaderlândia, Cidade Nova, Icuí e Marambaia.
Em quase quatro horas de operação, 40 veículos foram fiscalizados por seis vitoriadores da SeMOB que checaram equipamentos de segurança, condições de limpeza e higiene dos veículos, e análise documental, como licenciamento.
Balanço Geral
Nos últimos 15 dias, oito empresas foram fiscalizadas. Três delas tiveram ônibus lacrados e impedidos de rodar, quatro foram totalmente suspensas das operações por 60 dias e uma delas perdeu três de suas quatro linhas. As empresas Vip, Forte e Viação Princesa possuem 38 ônibus lacrados e que terão que fazer as adequações exigidas pela SeMOB.
As empresas totalmente suspensas de operar por 60 dias são: Expresso Michele (linhas Benevides – Presidente Vargas, Benevides São Brás e Benevides Pátio Belém), Alternativa (linhas Itaiteua/Outeiro São Brás), Viaje Bem (Mosqueiro – São Brás) e Via Urbana (Castanheira – Presidente Vargas). Nelas foram encontradas diversas irregularidades técnicas quanto à qualidade da frota, acúmulo de infrações e muitas pendências administrativas e financeiras junto à SeMOB. Pelos mesmos motivos, a empresa Perpétuo Socorro já perdeu três de suas quatro linhas – a Presidente Vargas e Marex Ver-o-Peso -, que passaram a ser administradas pela Rio Guamá; e a Marex-Arsenal, que passou para a Monte Cristo.
Estas suspensões e cassações de empresas de ônibus vêm ocorrendo desde 2013, quando foi deflagrada a Operação Corujão, uma operação de fiscalização contínua de garagens que faz um verdadeiro raio-x da situação de ônibus a ônibus. Em todos os casos, as empresas que são suspensas são imediatamente substituídas por outras, para não haver ônus ao serviço prestado à população.
Texto: Nathalia Petta